LEONARDO MOTTA TAVARES
( Distrito Federal – Brasil )
Artista visual e escritor. Doutor em Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade de Brasília, PPGAV/UnB. Mestre em Arte (2015), e Bacharel em Artes Plásticas pela mesma instituição (2012). Pesquisa a relação entre palavra e imagem e as confluências entre arte e literatura. Participou de diversas exposições nacionais e internacionais. Tem produção literária em prosa. Em 2014 publicou o livro de contos Os Doentes em Torno da Caixa de Mesmer (Editora Modelo de Nuvem, Porto Alegre), vencedor do Prêmio Contista Estreante, da FestiPoa Literária - Festa Literária de Porto Alegre, edição 2015. Em 2019 publicou o livro de contos Ruibarbo do Deserto (Editora Patuá, São Paulo). Em 2021 publicou o livro de contos O Congresso da Melancolia (Editora Urutau, São Paulo).
Informações coletadas do Lattes em 14/04/2022 - Escavador
1o. Prêmio Cassiano Nunes - Concurso Nacional de Poesia - Seleção 2009. Antologia. Org. Maria de Jesus Evangelista. Brasília: Universidade de Brasília -Biblioteca Central- Espaço Cassiano Nunes, 2010. 152 p. 14 x 21 cm. Ex. bib. Antonio Miranda
CENTELHA
Centelha é uma palavra feia
Com cara de inseto
Jeito de velho
E gosto de remédio.
Quer dizer que é uma luz
Quase apagada
Muito fraca, mas luz ainda.
Assim fica bonito,
Mas na verdade, remete a
“moribundo”.
Há uma sentença para essa palavra.
Exalta-se nela uma persistência de vida.
Inútil, gasta e predestinada.
Há uma centelha de palavras
Na minha mão agora.
Reticências
Seriam as cinzas de um poema.
Era um dos três pontos, quem sabe
Uma centelha, uma brasa,
Uma fagulha, uma chispa, uma faísca,
(aqui é onde os sonhadores começam
a imaginar fogueiras)
Depois de finda,
Nunca a escuridão profunda,
Mas gelo branco enquadrado A4.
*
VEJA e LEIA outros poetas do DISTRITO FEDERAL em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/distrito_federal.html
Página publicada em abril de 2022
|